Para pessoas com almas forte e corações meigos, que buscam ver o lado positivo de tudo, que não se contentam com pouco e acreditam no crescimento interior e exterior. Que se pode ser tão sábio e consciente como qualquer Buda, ou Cristo, ou Mahavira. E tão rico quanto qualquer Bill Gates.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Religião, Tolice e Sabedoria

A louca sabedoria de Franscisco de Assis

O coração tem razões que a mente desconhece. O coração tem sua própria dimensão de ser, que é completamente oculta para a mente. O coração é mais elevado e mais profundo do que a mente, está além do alcance dela. Isso parece bobagem. O amor sempre parece bobo porque não é utilitário. A Mente é utilitária. Para ela, todas as coisas têm algum propósito - esse é o sentido de ser utilitária. Mente é resoluta, orientada para um fim; ela transforma tudo em um meio, e o amor não pode ser transformado em um meio, esse é o problema. O amor em si mesmo é a meta.

Tolos possuem uma sabedoria sutíl neles, e os sábios agem como tolos. Antigamente, todos os imperadores tinham um bobo da corte. Também tinham sábios, conselheiros, ministros e primeiro ministros, mas sempre mantinham um bobo na corte.

Porque? – porque existem coisas que os assim chamados sábios não serão capazes de entender, coisas que somente um bobo pode entender – isso porque aqueles que se dizem sábios são tão tolos que a esperteza e inteligência deles fecham suas mentes. Um bobo da corte é tolo, e eles eram necessários porque há coisas que os sábios não diriam por medo do imperador. Um tolo não tem medo de ninguém, irá falar não importa as consequências.

É assim que os tolos agem, de forma simples, sem pensar qual será o resultado. Um homem sensato sempre pondera o resultado, depois age. O pensamento vem primeiro, depois a ação; um homem tolo age, o pensamento nunca vem antes.

Sempre que alguém realiza o supremo, ele não é como seus sábios. Ele não pode ser. Pode ser como seus bobos, mas não como seus sábios.

Quando São Francisco tornou-se iluminado ele costumava chamar a si mesmo de “Bobo de Deus.” O papa era um sábio, e quando São Francisco foi vê-lo mesmo o papa achou que esse homem havia enlouquecido. Ele era inteligente, calculista, esperto, do contrário como teria se tornado papa? Para tornar-se um papa é preciso ser muito hábil na política. Para tornar-se um papa diplomacia é necessária, uma competição agressiva é necessário para deixar para trás os oponentes, para usar os outros como escada e depois derrubá-los.

Tudo isso é política... pois o papa é um líder político. A religião é secundária, ou absolutamente nada. Como pode um homem religioso lutar e ser agressivo por um posto? Eles são somente políticos.

São Francisco veio falar com o papa, e o papa achou que esse homem era um tolo. Mas as árvores, os pássaros e os peixes pensavam de maneira diferente. Quando São Francisco ia até o rio os peixes saltavam em celebração por sua vinda. Milhares de pessoas presenciaram esse fenômeno – milhões de peixes saltavam simultaneamente; todo o rio ficava tomado por peixes que saltavam simultaneamente. São Francisco havia chegado e os peixes estavam felizes. E aonde quer que ele fosse os pássaros o seguiam e vinham pousar na perna dele, em seu colo. Eles entendiam esse tolo melhor do que o papa. Até mesmo árvores que tinham secado e estavam morrendo voltavam a verdejar e a florescer novamente se São Francisco chegasse perto. As árvores compreendiam que esse tolo não era um bobo qualquer; ele era o "bobo de Deus".

Texto retirado do Livro da Transformação - Osho

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gostou? Este é seu espaço, diga o que quiser...

Widget by SemNome