A compaixão do zen
Uma noite, enquanto Shichiri Kojun recitava os sutras, um ladrão interrompeu com uma espada afiada, exigindo seu dinheiro ou a vida.
Shichiri disse a ele, “Não me interrompa. O dinheiro está naquela gaveta”. Então continuou recitando os sutras.
Um instante depois ele parou e chamou o ladrão, “não pegue tudo. Tenho uns impostos para pagar amanhã”.
O intruso pegou a maior parte do dinheiro e se preparou para fugir. “agradeça quando recebe um presente”, acrescentou Shichiri. O homem agradeceu e partiu. Alguns dias depois o sujeito foi pego e confessou, entre outras coisas, ter roubado Shichiri. Quando ele foi chamado para servir de testemunha, ele disse, “este homem não é ladrão, pelo menos no que se refere a mim. Eu dei a ele o dinheiro e ele me agradeceu”.
Depois de cumprir a sua sentença na prisão, o homem procurou Shichiri e se tornou seu discípulo.
Entrar em contato com um mestre é ser transformado. Você pode ir com outra intenção, pode não ir pelo mestre – o ladrão não estava lá pelo mestre. Na verdade, ele não sabia que naquela choça morava um mestre, ele não teria ousado entrar. Ele só foi até lá pelo dinheiro; topou com o mestre por acaso, ele vai mudar você completamente. Você nunca mais será o mesmo.
Muitos de vocês estão aqui por acaso. Vocês não estavam à minha procura, não estavam procurando por mim. Por causa de mil e um acidentes vocês chegam aqui. Mas ficou cada vez mais difícil de partir.
Trecho extraído do livro Compaixão de Osho.
Obrigado MESTRES.
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